quinta-feira, 25 de novembro de 2010

É cada pokémon que me aparece...

Se você é uma dessas pessoas pobres, que como eu, usam ônibus como transporte, provavelmente já notou a quantidade de pessoas bizarras e acontecimentos estranhos que costumam acontecer nesse tipo de lugar.
Eu pego o mesmo ônibus, todos os dias, com as mesmas pessoas.

E foi numa dessas idas e voltas que eu conheci uma daquelas pessoas que conseguem ser diferentes de todas as outras que você já conheceu na vida. E isso pode ser bom, ou não.

Eu não sei se são as piadas (que ele inventa, ou conta errado, ou não têm graça nenhuma), se são as imitações que ele faz (tipo o faustão que parece o Raul Gil, ou o Ronaldo que parece o pato donalds), se é o fato dele fazer matemática, se é o fato dele não saber o que é beatbox e tentar fazer, se é o jeito único -e desafinado- dele de cantar errado e dizer em seguida que sempre cantou bem assim e que sonha em ir pro Ídolos, ou o fato dele não perceber que as risadas não são de aprovação e que os comentários são irônicos...
Não sei o que é, o fato é que ele entrou na minha lista de pessoas mais...diferentes que eu conheço, e conseguiu em menos de um ano se tornar um ícone, uma lenda, naquele ônibus. E vocês desentendem o quanto eu fico alegre quando esse ônibus estraga -3 vezes por semana, em média- e ele fica narrando o possível problema, ou então fica tentando nos animar com a piada da semana, ou cantando Trololó.


domingo, 7 de novembro de 2010

Intimidade


Quando penso sobre intimidade, não sei se é algo bom ou ruim. Sendo íntimo de alguém, podemos ter mais liberdade, saber melhor o que agrada ou não a outra pessoa. Sabemos o que podemos ou não esperar, o que podemos ou não contar, o que podemos brincar e outras coisas. Vamos aprendendo a lidar com os defeitos, com as manias e com tudo mais.
Ao mesmo tempo, a intimidade faz algumas coisas tornarem-se rotina, faz alguns costumes que antes eram o que de melhor havia desaparecerem, faz pequenas gentilezas e preocupações tornarem-se desnecessárias. A intimidade traz segurança, que faz a gente pensar que nada mais é necessário pra não perder alguém.
Aos poucos, não se ouve mais “desculpa”, ”por favor”, “muito obrigada”. Aos poucos, o medo de machucar já não existe, a preocupação com o outro já não existe. E assim, quando percebemos, a intimidade também já não existe. Se não nos preocupamos mais, se não queremos saber notícias, se não queremos ajudar, aí já não somos mais íntimos.
Convém conhecer alguém até o final? Às vezes, a presença de quem conhecemos pouco é muito mais agradável do que a de quem conhecemos há muito tempo. É... A intimidade traz a segurança e a segurança estraga tudo. Acho que não deveríamos ser completamente seguros, nunca deveríamos perder o medo de ofender, o costume de ser gentil. Mas, ao mesmo tempo, é tão bom ter alguém que te conhece muito bem, que pode saber qualquer coisa sobre você. A intimidade é necessária mesmo, precisamos ter pelo menos uma pessoa íntima. Só não se pode perder o medo de perder essa pessoa.

"Quantos cuidados uma pessoa precisa tomar para não ser algo mas alguém"

Como esse post agora é da pessoa mais glamurosa do Oh, Velha Negra!, quiçá do mundo (-n), o assunto agora é moda. E a questão é, ou você ama moda ou odeia. Porque por favor, não venha fazer o metido a alternativo intelectual que é indiferente à moda porque você não é. Você odeia moda, porque está na moda fingir que é indiferente mas que na verdade odeia a moda. E temos que admitir que essa moda pegou, porque tem mais gente odiando a moda do que realmente gostando. Eu por exemplo, odeio. Mas isso eu demorei pra entender, porque a diferença entre estilo e moda muitas vezes é bem difícil de perceber. Pra mim, gostar de roupas e estar atualizada nas novas tendências era gostar de moda, mas na verdade, é somente isso, gostar de roupas e estar atualizada nas novas tendências. Gostar de moda é totalmente diferente, porque não é só gostar de roupas e estar atualizada nas novas tendências, é aceitar, "gostar" e usar qualquer coisa que as passarelas e ruas mostrarem como sucesso, ou seja, qualquer coisa que estiver na moda. Gostar de moda, na verdade, é não ter opinião própria, é ser influenciável, é achar que só porque muitas pessoas famosas e ricas usam, que é bonito. E como aquariana que sou, não podia odiar mais algo assim. Se tem algo que merece desprezo, é a tal falta de personalidade, a falta de conteúdo, e é justamente isso o que move a moda. De fato, com o passar do tempo a gente vai mudando de opinião em relação a várias coisas, mas eu digo mudar de opinião mesmo, baseado em razões, baseado no que você é e pensa, não no tanto de vezes que certa coisa foi posta na sua frente. Até porque, quando você se "rende" à moda, assim como não gostava de certa coisa antes, não vai gostar depois, e aí que surge aquela vergonha de relembrar o passado, de ver aquelas fotos horrorosas antigas.
Muita gente acha que as roupas que usa não refletem sua personalidade, e isso é muita estupidez. É claro que reflete. Não diz tudo sobre você, mas com certeza diz muito, pra quem saber ver, e pra quem não sabe, ainda assim faz muita diferença. Independente de preconceitos, as pessoas tem que se vestir de acordo com o que são, e do que gostam. E se você se veste toda(o) na modinha, a unica coisa que vai representar é sua superficialidade e estupidez, mas de fato deve ser o que você é afinal, então tudo bem. :)