quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mas não se esqueça do filtro solar

Finalmente chegou o momento que você tanto esperou. Você não aguentava mais tanta prova e trabalho. Já havia montado planos infalíveis pra matar seu chefe sem deixar suspeitas, já estava até pensando em simular seu próprio sequestro só pra fugir dessa rotina. Mas não foi preciso (eu acho). As Férias chegaram e TODAS comemora muito.
O problema é que pra muita gente as férias chegam acompanhadas de uma agenda vazia implorando pra ser preenchida com compromissos. Ou então vem acompanhada com uma lista (do tamanho da lista de pessoas que a Gretchen e o Fábio Jr. já casaram) repleta de coisas importantíssimas e inadiáveis pra fazer, e você vai ter que se multiplicar se quiser fazer tudo. Dr. Albieri, cade vc, meu feelho?
Se seu caso for o primeiro, é bastante simples. Você só vai precisar de amigos e talvez um pouco de dinheiro pra gastar em festas, bons drink, cinemas, teatros, jogos, churrascos, etc etc... Mas se você não tem nem uma coisa, nem outra se mata não precisa se desesperar, sempre vai existir outros meios. Sabe aqueles amigos de infância que você nunca mais viu? Hora de um reencontro...Ou aquela pessoa que corria atrás de você mais que Queniano e você não quis na época (vice-versa)...Ou então os Chatlines que tão aí pra isso.Mas se seu problema for dinheiro, aliás, a falta dele, tem várias maneiras de conseguir dinheiro fácil nessa vida, né? (Se tiver mais dicas de como conseguir dinheiro, mande um email para nós!) Qualquer coisa, use aquela criatividade que todo bom pobre tem e procure por programas que não gastem muito.
O importante é tentar fazer toda a espera pelas férias valerem a pena. Não espere a última semana de folga chegar pra resolver fazer tudo que queria. Por experiência própria isso não vai dar certo e você vai ficar sem resposta quando perguntarem como foram suas férias, ou quando você ouvir todo mundo falando das mil coisas que fizeram. Nesse verão eu, você e todos nós queremos fazer coisas diferentes. Então termina de ler isso aqui, comenta e tira esse traseiro lindo da cadeira/sofá/cama/vaso e vai fazer alguma coisa. Esqueça faculdade, emprego, notas, professores...e concentre-se em sair dessa mesmice. Nós aqui do Oh!Velha Negra desejamos boas Férias regadas com muitos bons drink pra todos vocês, bons leitores. E não se esqueçam de nos chamar, obrigada.

sábado, 11 de junho de 2011

Carne e unha, alma gêmea, bate coração.

(Atenção. O texto postado a seguir contém opinião sem fundamento e detalhes pessoais da vida do autor. Fofoqueiros de plantão, join in).

Chegou a data do ano que todos nós, forevers alones in the world, odiamos mais que tudo na vida. Estou falando dele. O mais fatídico dia pra quem sofre de baixo autoestima e ainda se cura de amores que não daram certo. O dia dos namorados. A data onde o amor é festejado com presentes super caros, selvagens noites de sexo, declarações vazias (leia-se ‘eu te amo’), enfeites bregas, jantar a luz de velas, enfim, todo um melodrama digno de novelas. Mas aí está a minha pergunta: cadê amor que não vem?

Odeio essa data por motivos maiores que o fato de não ter namorado. Odeio porque, a 2 anos atrás, terminei um relacionamento a exatos 4 dias para os dia dos namorados. Já pensou o que é gastar um dinheirão pra, próximo da data, ter sido tudo em vão?

Pois bem, vamos cortar os dramas. Farão 19 anos em que passo essa data sozinho. Sozinho não. Na companhia do meu dinheiro. E de filmes de comédia românticas. E uma lata de Häagen Dazs (você é solteira mais é rycah. Mostre isso ao mundo e sambe na cara da sociedade, beijos). E uma caixa de lenço. E uma aplicação natural de botox (porque né, você chora até desidratar e espera que a cara não incha? Meio difícil). Porque esse é o clichê de todos os solteiros dia 12. Então oferecerei pra vocês, amigos blasés que não tem planos para o dia dos namorados, o rápido e prático roteiro “COMO PASSAR O DIA DOS NAMORADOS COM E SEM NAMORADO. VEM GENTE, VEM TODO MUNDO (só porque hoje eu tô pra dar conhecimento, tô pra distribuir).

Então, antes de mais nada, precisamos nos assumir para nós mesmos. Olhar para dentro e pensar “sou encalhado(a) ou não?” . Sei que é algo difícil, mas se a última coisa que te pegou na vida foi gripe, sinto muito, você é encalhado. E não adianta falar que está de relacionamento sério com os bons drink (até porque isso tá super last week, vamos atualizar, minha gente), ou resolveu ser solteiro por opção dos outros. Isso não muda o fato de você estar sozinho.

Mas se você tem peguete, pinto amigo, panchula amiga, namorado(a), pois bem, você não está encalhado. Aproveite e esfregue isso na cara dos amigos que não tem, pra se sentir superior pelo menos em uma data especial. Faça o troll bicha má. Só não espere que eles sejam receptivos a essa brincadeira. Pessoas com muito TAFT normalmente ficam com o humor a flor da pele, adika.

Depois dessa fase difícil, vamos começar nosso tutorial. Se você é sozinho, antes de mais nada faça uma lista de músicas tristes, que você nomeará de “Minha vida”, sobre amores que não dão certo, ou pessoas que escolheram viver sozinhas ou foram abandonadas mesmo. O lema do seu dia é “All By Myself” da Celine Dion. Porque essa será sua trilha sonora do dia dos namorados sem namorado.

Segundo, compre um sorvete. O sorvete mais gostoso da vida. O sorvete mais gorduroso da vida. Largue sua dieta em Cristo, ninguém te quer mesmo, então não adianta cuidar mais do seu corpo. Pelo menos as gorduras querem ficar perto de você (mais especificamente na sua bunda e barriga).

Terceiro, prepare o ambiente em que você passará o dia. Encha-o de travesseiros, pra ter o que abraçar. Serve também aqueles braços de pelúcia. Sim, eles parecem um abraço de verdade. Ficar perto de várias coisas fofas fará você se sentir amado.

Quarto, alugue todos os filmes de drama inimagináveis. De preferência aqueles em que o personagem morre e larga a pessoa amada forever alone (sim, já que você precisa se identificar). Chorar é permitido. Na verdade, é MUITO permitido. E resmungar também. Reclamar da vida. Ligar pros amigos também forever alone e fazer uma retrospectiva e todos os seus relacionamentos que não deram certo, compartilhando de todo o seu sofrimento. Não podemos esquecer as frases clássicas, né? ‘Ninguém me ama’; ‘vou morrer sozinho mesmo’; ‘até aquela vizinha feia tá fudendo e eu não’. Depois de todo esse drama, não resta mais nada a fazer a não ser dormir. Então durma, feito uma pedra, já que chorar cansa. Lembre-se que até mesmo as pessoas que tem namorados vão dormir (após as diversas sessões de sexo), então você será como eles, seres superiores.

Vamos para a parte dois do tutorial. Isso é apenas para os que tem peguete, mas não está propriamente em um relacionamento. Primeiramente, converse com o seu parceiro, e decidam como passar o dia dos namorados. É permitido marcar foda rápida, sair juntos pra parecer casal. Só não troquem presentes, senão isso vira namoro. Dica importante pra quem é biscate.

E a parte final do tutorial é praqueles que possuem sua metade da laranja. Aqueles que vão gastar rios de dinheiro e comemorar o dia dos namorados como se deve ser. Pois bem, aqui vai minha dica: dica. Até mesmo porque, lá no fundo, tenho inveja de vocês, beijos. Fui vcs não merecem falar comigo nem com meu anjo.

Pois bem, minha gente. Vou encerrar por aqui, já que tenho muitas coisas pra fazer ainda. Preciso alugar os filmes e comprar meu Häagen Dazs porque não sou obrigado. Mas não se martirize só porque você está sozinho. A nossa vez ainda está por vir, basta mentalizar, como está escrito em todos os livros de autoajuda (acho tudo uma grande besteira, mas vamos abrir uma exceção). Sem contar que laranjas apodrecem (aquele que é mal amado e fica fazendo inferninho = eu). Pra que passar o dia dos namorados com um namorado? Você não passa o dia do índio com um índio, nem o dia da árvore com uma árvore. E o dia de São Jorge você não passa com um dragão... Mas pra você que finalmente se deu bem nesse jogo maldito, desejo a você um feliz dia dos namorados. Esses são meus votos sinceros.

domingo, 22 de maio de 2011

O jogo: amor

Você era uma criança feliz com doces e videogames, daí você cresce e entra na puberdade, então você começa a ver as pessoas de outra maneira. No meu caso, os meninos não eram mais apenas meninos, eles tinham algo que eu queria neles, aquilo que eu via na tv, nos filmes, e mesmo que fosse uma mulher no lugar do homem e que eu por homem não devia estar com outro homem, eu queria, e muito. Aquela coisa de beijar e dizer coisas bonitas começava a fazer sentido, eu estava sentindo atração por outras coisas além de doces de videogames, queria outra pessoa, queria alguém pra mim. Só que conseguir alguém não é tão fácil como comprar um jogo de videogame, e além disso, quando você consegue e não sabe lidar, você vicia doentemente ou enjoa, quando não dá certo você sofre mais do que quando tem um game over. Nos relacionamentos você perde mais que ganha, mas aprende pra que na próxima você não perca tão facilmente, ou quem sabe, ganhe de vez. Ganhar de vez agora, ao invés de derrotar o grande chefão e conseguir a paz ou aquele grande tesouro que motivou todo o conflito, é encontrar quem você quer ao seu lado na vida, muito mais que simplesmente amante, um amigo pro coração e pra tudo, pois você não precisa encarar mais as coisas sozinho.

Então você vai pra luta. Aparecem os campos de batalha, que chamamos de balada, onde existe todo um ambiente feito para impulsionar pessoas para o ataque. E fora dos campos, no cotidiano mesmo, você está vulnerável, pois mesmo sem um ambiente propício, aparecem pessoas interessantes e que mexem com você, e como na balada, no cotidiano as pessoas também demonstram suas armas, afinal, ninguém sai de casa sem dar uma arrumadinha, sem querer passar uma boa imagem, né. E vem a questão de "dar em cima" que pra mim é algo difícil, pra outros é fácil, mas acredito que seja relativo, pois se alguém mexe muito mesmo, até os tímidos tentam algo pra demonstrar interesse, mesmo que seja mandar um amigo falar com a pessoa (rs).

O guia de jogar amor:
Você faz involuntariamente o primeiro passo: atração. A pessoa então chega, ou você chega na pessoa, enfim, você tem o momento com ela, nisso ambos se introduzem, falam da vida, de assuntos que consideram interessantes, demonstram o que gostam, o que não gostam, etc. O segundo passo então foi feito, que é conhecer melhor, ver se a pessoa é alguém que vale a pena para algo além do terceiro, um passo tão importante quanto ao segundo que é o beijo, o ato de experimentar fisicamente, de uma maneira introdutória, claro, até porque o experimentar ao todo seria o sexo, e que se vocês estiverem com vontade podem também, mas enfim, você vê se além da sintonia de conversa, também tem física. Então chega o quarto passo, os dias ou meses de se conhecer melhor, esse é o tempo da "ficada" que é quase o quinto passo, o namoro, só que na ficada você fica conhecendo alguém mas ainda está disponível no mercado. Então se o quarto passo é bem feito, o quinto, que ja foi citado, é proposto, e se os dois lados querem, acontece. No namoro, você se compromete em "ter" a pessoa pra você e introduzí-la de maneira mais profunda (heh) na sua vida e quem sabe, você finalmente "ganha" o jogo, né. Podemos dizer que encerra aqui os passos, casamento e etc é consequência, são só cerimônias pra comprovação mesmo.

E tá, pra que tantos passos? E por que tem que existir uma ordem neles? E tem que existir regra de quem liga primeiro? Por que não se pode fazer sexo no primeiro encontro? Jogo esse e qualquer outro guia de amor no lixo, pois complicamos muito as coisas pra algo que é apenas ficar junto. E não devemos nos prender em regras, pelo contrário, elas devem ser apenas referência, pois relacionamentos e pessoas são coisas completamente relativas, cada um é um, e vamos parar de achar que sair do convencional não é aceitável, podemos ter relacionamentos abertos, amizades coloridas e as outras diversas maneiras de estar com alguém, ou alguéns. E não tem que ter jogo, nem tem que ganhar nada, tem é que viver o momento, as pessoas, e não se apegar, pois o apego é se prender em algo, e olha, ninguém é dono de ninguém. Então eu digo e afirmo: vamos quebrar o jogo do amor, vamos parar de botar expectativas, parar de criar ilusões. Vamos viver, vamos deixar rolar.




terça-feira, 3 de maio de 2011

Babaquices.

Certa vez recebi um e-mail que tinha um teste pra ver se você é um babaca. E eu respondi "sim" pra todas as perguntas, ou seja, sou babaca demais. Mas gente, vamos lá... eu não lembro exatamente de tudo que tinha lá e também tenho algumas coisas pra acrescentar. A cada coisa que você responder "sim", você ganha mais um ponto de babaquice.
1- Quando você está na rua e passa uma viatura da polícia você fala pro seu amigo: "Fulano, esconde!"?
2- Quando seu amigo senta na ponta da mesa vc diz: "haha você vai pagar a conta"?
3- Você ri quando alguém diz que é do signo de virgem?
4- Você gosta de Jota Quest Restart?
5- Você morreu de rir do vídeo do Trololó?
6- Depois da meia-noite, se alguém fala "amanhã vou fazer tal coisa" você diz "amanhã não, hoje"?
7- Quando você chama alguém para lanchar com você e a pessoa diz que já lanchou você diz "huuum, então você já tá comido?"
8- Você conversa com a mesma pessoa pelo facebook, msn, googletalk etc. só pra irritá-la?
9-você é o Pedroh?
9- Você acha o Tiririca o cara mais engraçado do mundo?
10- Você não perde uma oportunidade de fazer um trocadilho? (e geralmente só você fica rindo)
11- Quando alguém fala um palavrão, tipo "porra", você não espera nem um segundo pra dizer "tira a porra da boca!"?

Alguém tem mais dicas do que pode ser considerado babaca? Comentem aí :)

sábado, 16 de abril de 2011

Porque todas adora um High School Musical

Todos nós já passamos pelo colégio. E, nessa etapa difícil da nossa vida, conhecemos várias pessoas. Várias pessoas que queremos lembrar pra sempre, e outras que queremos esquecer mais que tudo. Porque essa é uma etapa difícil, que forma nosso caráter, e bla bla bla.

Mas enfim, hoje vim trazer para vocês alguns arquétipos de alunos. Sim, aqueles que certamente todos nós conhecemos uma vez. Portanto, pegue sua mochila e vamos lá. Vem gente!

Patricinha dada: normalmente encontrada caída com o cu cheio de cachaça no banheiro da Sedna, faz parte do grupo de meninas pop, perfeitinhas e, na maioria das vezes, rica. É burra feito um caroço de azeitona, e usa da sua sensualidade para receber cola dos coleguinhas que babam por ela. Vivem de escova, bolsa rosa, esmalte colorido e batom arregalado, além de customizarem o uniforme de acordo com o seu gosto. Aprontam um escândalo quando vêem uma chuva, barata ou o diretor quando tá agarrando alguém atrás da cantina. Por ser fútil, vai cursar moda, nutrição, direito ou qualquer outra coisa em uma faculdade particular, porque lá poderá desfilar todos seus modelitos.

Amiga feia da patricinha: são normalmente meninas tão burras quanto às patricinhas, mas são feias pra caralho e, portanto, não possuem potencial para serem as musas das salas. Não pensam por conta própria, e age de acordo com o grupo que anda. Vai passar no mesmo curso da patricinha apenas pra acompanhar a BFF (MAPS em inglês) em mais um jornada pra ser tratada como pau mandado.

A puritana: é a menina virgem, podendo ser bonita ou feia, que vive pra estudar. Não faz nada mais da vida. Ignora os meninos e, quando escuta falar de sexo, sai da sala correndo e chorando. Vive carregando livros e segue a risca o uniforme proposto. Por ser inteligente, passará num curso de prestígio em uma faculdade de prestígio, onde se desvirtuará já que vai conhecer o lado bom da vida.

Playboy: filho de família rica, que sempre estudou nas melhores escolas e não dá o menor valor a isso. Vai pro colégio montar gangues de “primos”, onde gastaram todo seu tempo bullinando os colegas mais fracos ou comendo a patricinha dada. Se acha foda, por dirigir escondido o carro do papai, dizer que bebe mais que o Zeca Pagodinho, já ter sido preso e viver se metendo em brigas por aí. Acabam sendo expulsos do colégio, e entram na faculdade no segundo ano por motivo$ de força maior. Provavelmente farão direito em uma universidade qualquer, já que herdará a empresa da família.

Nerd: é o zoado da sala por ser feio, cheio de espinhas, mal vestido, otaku e sabe tudo (logo, puxa saco dos professores). Devora livros e livros de física todos os dias. Seu maior ídolo é o Sheldon. Das duas, uma: vai virar school shooter e matar dolorosamente todos os que o bullinaram ou senão passará em todas as faculdades descentes do mundo, será rico, muito rico, e contratará todos os coleguinhas de sala para serem seus escravos. Cola nele que é sucesso.

Os anônimos: é o grupo da sala que ninguém conhece e só serve mesmo pra fazer volume. Mantém notas medianas, passará no curso que quer, e vai se soltar de verdade na faculdade, onde finalmente verá seu nome a brilhar (porque né, todos nós merecemos nossos 15 minutos de fama).

A aluna estrela: nasceu pra brilhar. É modelo, cantora, atriz, dançarina, designer, tudo numa só. Tem tanto potêncial que participa de todas as apresentações do colégio. Será, provavelmente, mais uma figurante da Star Chic.

O popular: A pessoa mais conhecida desse habitat. Todos falam dele, pro bem ou pro mal. Cai no anonimato assim que o ensino médio acaba, de tão importante que é.

Asguei: um dos grupos mais complexos. Existem dois tipos: os enrustidos e asloka. Normalmente, identificamos asloka só de olhar. Nem precisamos mais comentar. Já as enrustidas são quietas, no seu canto, normalmente você nem sabe quem são. Asloka adoram provocá-los (um beijo pra quem tem gaydar apurado). Prestaram para letras, artes, moda ou comunicação. Essa passagem é o momento de liberdade pras enrustidas #adikaforte.

A pobre: a bolsista que leva marmita de casa, come no banheiro e, na hora do recreio, fala prazamiga rica que está sem fome ou que está de dieta. Esforço é seu nome. Passará pra um curso bom em uma ótima faculdade. Sim, essa também é sucesso, vem gente!

Os emos: o grupinho alternativo colorido e tristonho, que não percebem que a moda emo passou a 500 milhões de anos atrás e ainda insistem em dizer que Simple Plan é a melhor banda da vida. Não se sabe exatamente que faculdade eles fazem, já que antes de concluírem o ensino médio, eles fazem um vídeo, postam no YouTube e depois se suicidam.

A narcisista: Agora gente, para o mundo que eu quero descer. Sim, essa é a musa. A mais gata de todas. A Afrodite na Terra. Todos são obcecados por ela. Não admite levar fora nem das bichas, já que sua beleza é mais fatal que veneno de cobra. É modelo, óbvio. Provavelmente, cursará moda ou nutrição, porque seu talento não pode ser desperdiçado.


terça-feira, 12 de abril de 2011

#Eusougay

Sejamos Gays. Juntos.


abril 12, 2011

Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Itarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo.

Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.

Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.

E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.

Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.

Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?

Quero então compartilhar essa ideia com todos.

Sejamos gays.

Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY

Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:

1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY

2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com

3) E só :-)

Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.

A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.

Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.

As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.

Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.

— Convido a todos os blogueiros de plantão a dar um Ctrl C + Ctrl V neste texto e saírem replicando essa iniciativa —

Carol Almeida

sábado, 2 de abril de 2011

Final feliz

Tom era um gatinho de estimação. Vivia apenas para comer e dormir. Mas surgiu Jerry na casa. Um camundongo folgado que passou a infernizar a vida do Tom. Jerry descobriu em incomodar o Tom o seu novo prazer. A sua razão para viver. Comia a comida do gato, assaltava a geladeira, quebrava louças da casa, atrapalhava o sono felino. Uma verdadeira briga de gato e rato. Tom já não suportava mais essa relação entre eles. Seus donos chamava-o de gato folgado, preguiçoso, mole, palerma, entre tantas outras adjetivações negativas. Logo eles, que sempre amaram Tom. Ele não podia deixar assim.

Após anos suportando todos os abusos do ratinho, sem conseguir pegá-lo nenhuma vez, Tom preparou uma armadilha infalível para capturar o maldito rato. Esperou Jerry entrar na sua toca para dormir, encharcou um paninho com boa-noite-conderela e jogou dentro da toca. Jerry, obviamente, desfaleceu. Tom esperou que ele acordasse. Quando Jerry voltou do seu sono involuntário viu-se amarrado num gravetinho, em cima de uma espécie de fogueira. Ficou desesperado e implorava perdão ao Tom. Mas o gato estava enfurecido, possesso, louco, transtornado. Nada que Jerry falava poderia mudar a decisão de Tom. O ratinho iria morrer.

Tom ateou fogo na fogueirinha, e assistiu a morte lenta e dolorosa do ratinho. Jerry gritava, chorava, mas não conseguia se soltar. Tom retirou-o da fogueira, já todo torradinho, e retirou membro por membro do ratinho, comendo-o em seguida, como se fosse uma “tartuguita”: primeiro os bracinhos, depois as perninhas, a cabecinha e por último comia o tronco.

Tom estava plenamente satisfeito. Estava bem alimentado na janta e nunca mais seria incomodado pelo camundongo insuportável. Poderia dormir tranquilo naquela noite.



Pedro Henrique Ribeiro